Mais uma startup brasileira foi selecionada para a Y Combinator, uma das aceleradoras mais conhecidas do Vale do Silício. A fintech Stark Bank oferece soluções prontas para startups automatizarem serviços financeiros e expandirem suas operações. Sua proposta embarca na tendência do open banking e conquistou a aceleradora que está na região com maior densidade de startups do mundo.
Criada em 2005, a Y Combinator já investiu em mais de duas mil startups, com avaliação de mercado combinada de US$ 100 bilhões. Algumas das mais conhecidas são a plataforma de apartamentos compartilhados Airbnb, o serviço de armazenamento Dropbox e a startup colombiana de delivery Rappi.
Ideia de negócio: open banking para impulsionar startups
Rafael Stark se formou em engenharia pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutca (ITA). No último ano de faculdade, recebeu uma bolsa para estudar na Universidade de Stanford (Estados Unidos). "Aprendi a programas e lancei dois aplicativos: um para alunos de Stanford marcarem encontros e outro para mães solteiras conversarem", diz Stark. Em 2014, o empreendedor voltou ao país abriu o estúdio de produtos digitais Hummingbird. A empresa atendia clientes como a startup Quero Bolsa e a operadora Nextel.
Ao criar aplicativos, era muito comum Stark incluir rapidamente funcionalidades como mapas ou pagamento por cartão de crédito por meio de APIs -- interfaces de programação de aplicativos que servem para integrar soluções. Em 2017, um cliente pediu para ter transferências bancárias em seu aplicativo. Mas não havia APIs do tipo nos bancos e nem nas fintechs.
Foi um ano de desenvolvimento entre a ideia e o lançamento do primeiro protótipo. A Stark Bank começou em janeiro de 2019, fornecendo uma API para transferências bancárias. Lançou depois APIs para pagar e receber boletos e outra para pagar impostos. As liquidações são feitas em parceria com instituições financeiras, como Bradesco e Itaú Unibanco.
A Stark Bank atua no segmento de open banking: o compartilhamento de funcionalidades (e dados dos usuários) entre instituições financeiras, geralmente feito por meio de APIs. O Banco Central está de olho no open banking como uma forma de aumentar a competição no setor e reduzir juros: recebeu sugestões sobre o tema até 31 de janeiro deste ano.
"Nossa tecnologia dá a empresas o produto que eles precisam de forma escalável e simplificada. Os negócios conseguem atender milhões de usuários de forma automatizada", diz Stark. A fintech atende 190 empresas, como as startups Rappi, Buser, Ingresse, Kovi e Rebel. A Stark Bank se monetiza por uma tarifa cobrada a cada operação realizada.
Aceleração na Y Combinator e planos para 2020
A Stark Bank recebeu um aporte milionário, de valor exato não divulgado, antes de passar para a seleção da Y Combinator. O capital veio do fundo Iporanga Ventures e completado por executivos de empresas clientes, como Buser, Rappi e Ingresse.
A aceleração da Y Combinator aconteceu entre os meses de janeiro e março. Para Stark, a experiência foi melhor do que qualquer MBA. "Eles pagam para você participar, mostram o que deu certo e errado em outras startups e dão a mentalidade correta para o negócio: melhorar o produto e aprender como bater metas agressivas rapidamente", diz Stark.
No período, a Stark Bank bateu a meta da aceleradora de quintuplicar a receita. O empreendedor recomenda não desenvolver produtos apenas com sua própria opinião: converse com o cliente e busque constantemente o encaixe com o mercado, conhecido como product-market fit. "Conquiste um nicho que te adora. Só então gaste com marketing e escale sua solução".
Após a aceleração, a Stark Bank prepara um novo lançamento para 2020: o lançamento de um cartão de crédito corporativo para startups em solo brasileiro. Lá fora, o produto foi desenvolvido anteriormente pelos também brasileiros Henrique Dubugras e Pedro Franceschi. Eles passaram pela Y Combinator e fincaram raízes no Vale do Silício. Sua fintech de cartão corporativo, chamada Brex, tornou-se um unicórnio e foi considerada uma das startups mais inovadoras do mundo pela revista americana Fast Company.
O cartão corporativo da Stark Bank será parte de uma estratégia de não apenas ganhar mais clientes, mas tornar os já existentes mais satisfeitos. Se eles já usam alguma das APIs, poderão contratar outras APIs ou outros serviços, como o cartão corporativo. "Definir uma métrica de crescimento e trabalhar todas as semanas pensando apenas nesse número é o que separa uma startup de uma scale-up. Focamos muito em volume no último ano, mas agora estamos olhando mais para a receita."
A Stark Bank afirma ter movimentado "uma cifra milionária" por meio de suas APIs. Em 2020, a fintech projeta movimentar R$ 10 bilhões por meio de suas APIs. Também está nos planos para este ano uma nova captação com investidores. Um investimento série A deve ser anunciado em breve -- impulsionado pela experiência na Y Combinator.
Mais uma startup brasileira foi selecionada para a Y Combinator, uma das aceleradoras mais conhecidas do Vale do Silício. A fintech Stark Bank oferece soluções prontas para startups automatizarem serviços financeiros e expandirem suas operações. Sua proposta embarca na tendência do open banking e conquistou a aceleradora que está na região com maior densidade de startups do mundo.
Criada em 2005, a Y Combinator já investiu em mais de duas mil startups, com avaliação de mercado combinada de US$ 100 bilhões. Algumas das mais conhecidas são a plataforma de apartamentos compartilhados Airbnb, o serviço de armazenamento Dropbox e a startup colombiana de delivery Rappi.
Ideia de negócio: open banking para impulsionar startups
Rafael Stark se formou em engenharia pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutca (ITA). No último ano de faculdade, recebeu uma bolsa para estudar na Universidade de Stanford (Estados Unidos). "Aprendi a programas e lancei dois aplicativos: um para alunos de Stanford marcarem encontros e outro para mães solteiras conversarem", diz Stark. Em 2014, o empreendedor voltou ao país abriu o estúdio de produtos digitais Hummingbird. A empresa atendia clientes como a startup Quero Bolsa e a operadora Nextel.
Ao criar aplicativos, era muito comum Stark incluir rapidamente funcionalidades como mapas ou pagamento por cartão de crédito por meio de APIs -- interfaces de programação de aplicativos que servem para integrar soluções. Em 2017, um cliente pediu para ter transferências bancárias em seu aplicativo. Mas não havia APIs do tipo nos bancos e nem nas fintechs.
Foi um ano de desenvolvimento entre a ideia e o lançamento do primeiro protótipo. A Stark Bank começou em janeiro de 2019, fornecendo uma API para transferências bancárias. Lançou depois APIs para pagar e receber boletos e outra para pagar impostos. As liquidações são feitas em parceria com instituições financeiras, como Bradesco e Itaú Unibanco.
A Stark Bank atua no segmento de open banking: o compartilhamento de funcionalidades (e dados dos usuários) entre instituições financeiras, geralmente feito por meio de APIs. O Banco Central está de olho no open banking como uma forma de aumentar a competição no setor e reduzir juros: recebeu sugestões sobre o tema até 31 de janeiro deste ano.
"Nossa tecnologia dá a empresas o produto que eles precisam de forma escalável e simplificada. Os negócios conseguem atender milhões de usuários de forma automatizada", diz Stark. A fintech atende 190 empresas, como as startups Rappi, Buser, Ingresse, Kovi e Rebel. A Stark Bank se monetiza por uma tarifa cobrada a cada operação realizada.
Aceleração na Y Combinator e planos para 2020
A Stark Bank recebeu um aporte milionário, de valor exato não divulgado, antes de passar para a seleção da Y Combinator. O capital veio do fundo Iporanga Ventures e completado por executivos de empresas clientes, como Buser, Rappi e Ingresse.
A aceleração da Y Combinator aconteceu entre os meses de janeiro e março. Para Stark, a experiência foi melhor do que qualquer MBA. "Eles pagam para você participar, mostram o que deu certo e errado em outras startups e dão a mentalidade correta para o negócio: melhorar o produto e aprender como bater metas agressivas rapidamente", diz Stark.
No período, a Stark Bank bateu a meta da aceleradora de quintuplicar a receita. O empreendedor recomenda não desenvolver produtos apenas com sua própria opinião: converse com o cliente e busque constantemente o encaixe com o mercado, conhecido como product-market fit. "Conquiste um nicho que te adora. Só então gaste com marketing e escale sua solução".
Após a aceleração, a Stark Bank prepara um novo lançamento para 2020: o lançamento de um cartão de crédito corporativo para startups em solo brasileiro. Lá fora, o produto foi desenvolvido anteriormente pelos também brasileiros Henrique Dubugras e Pedro Franceschi. Eles passaram pela Y Combinator e fincaram raízes no Vale do Silício. Sua fintech de cartão corporativo, chamada Brex, tornou-se um unicórnio e foi considerada uma das startups mais inovadoras do mundo pela revista americana Fast Company.
O cartão corporativo da Stark Bank será parte de uma estratégia de não apenas ganhar mais clientes, mas tornar os já existentes mais satisfeitos. Se eles já usam alguma das APIs, poderão contratar outras APIs ou outros serviços, como o cartão corporativo. "Definir uma métrica de crescimento e trabalhar todas as semanas pensando apenas nesse número é o que separa uma startup de uma scale-up. Focamos muito em volume no último ano, mas agora estamos olhando mais para a receita."
A Stark Bank afirma ter movimentado "uma cifra milionária" por meio de suas APIs. Em 2020, a fintech projeta movimentar R$ 10 bilhões por meio de suas APIs. Também está nos planos para este ano uma nova captação com investidores. Um investimento série A deve ser anunciado em breve -- impulsionado pela experiência na Y Combinator.